20080722

A Terra Prometida

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Pela correria que nestes Andes de sombra amainado pelas polainas do Sotavento, vou indagando aqui onde o meu coração entra no ocaso e na Aurora, pelo nome da Floresta que não chega a vir.

Sorriso que de têmpora embala, no orgulho automático do esquecimento vou vogando na saudade de Outrora, a delicadeza de um concentrado fingimento.

Pela rua de trenó desguarnecida
Pela paz que copula com o silêncio
Dou por ti tão só e vencida
pela vida
tão só de tão prudente.

Bates no peito como investida,
arrogante como só ele pudera, sou eu que de acordo
como estás vestida
te cheiro a vulva com sabor a Primavera.

A noite suavemente cai, como gotas nebulosas de nevoeiro
eu nas borbulhas do teu rosto me perdendo vou, adormecendo na pele lascada
que torneia as unhas dos teus dedos.
A Luz entra ginasta pelas janelas como presságio do dia que agora finda...
no toucador oráculo ao asseio cosmético,
cama tua local de copulação dormida
e do meu patético.

Teu rosto bonito, mas quanto queria não vê-lo
Após o equinócio passa a razão de eu ali estar, como sopro de cotovia
Vou nestes dias de deserto transitando
entre a angústia e o desespero
sem querer pensar no que faço, só para esquecer quem tanto quero
e tanto perdi um dia.

21 Julho de 2008

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