Todos sabem que existem fotos que sob
determinado ângulo reflectem supostamente até ao infinito a imagem
fotografada e encarcerada num jogo de reflexões.
Cada uma dessas brincadeiras de criança
sob determinado ângulo mostra mais que a sua cópia e geralmente é
a primeira ou a última a revelar ao olhar um pormenor escondido nas
outras ofuscadas pelo seu gradual albedo.
A biologia evolutiva tem sido um
fabuloso campo de saber um pouco descurado pela vox populi tendo em
conta a sua aplicabilidade imediata por contraste com outras áreas
científicas. Parafraseamos Descartes, cada um acha-se bem munido de
bom senso e inteligência, o suficiente para descurar o mester
alheio, e em parte é disso que se trata neste tutorial em como
repetir planeadamente o que é causa de muito sofrimento para grande
parte dos homens. Serem abandonados pela vulva que se havia colocado
no centro do seu sistema solar.
Veio-me a ideia em concreto a partir do
mais cliché uqe é possível encontrar tendo em conta o espécime
visado.
O filme 'romântico' com a Kate Hudson,
sobre como perder um homem em não sei quantos dias.
Achei perfeito pela ironia aplicada ao
espécime que vive com a narcótica imagem de si reflectida num lago
como a personagem do mito.
Pensei eu que a suprema ironia seria
reconfirmar a mim e ao espécime que por mais excêntrico que pareça
aos olhos de si mesma, não passa do mesmo barro que nos faz a todos
membros de uma 'Humanidade'.
Tudo isto demasiado rebuscado afinal
para ser apreensível senão por mim.
Fica a memória da piada, apenas para
mim, até porque o ego tem uma função automática de protecção
que impede qualquer reconhecimento de falha. O que acaba no fim de
contas de ser o ideal, apesar de a doce tentação de esfregar na
cara a doença dos outros ser tão aprazível, até para mascarar a
minha própria doença.
O espécime, mutatis mutandis pertence
a uma geração urbana demasiado efeminada e sobre polida, demasiado
bem encaixada num mundo de conformação e convencionalidade
negativa, entendendo-se por isto, uma convencionalidade que é
ostensivamente anti convencional e que no final de contas faz parte
de um largo mainstream ou daquele mainstream que se quer considerar
minorstream mas é ainda mainstream. Neste minorstream escuta-se a
música que o menor número escuta, ou olha-se para os filmes que o
menor número ou apenas uns selectos poucos olham.
Cria cada um e uma, uma imagem de si
próprio, politicamente correcta, sem ângulos, sobre ideiais bacocos
e assentes em nacional porreirismo, que sob determinado ponto de
vista, são uma versão delicodoce de cinismo. Alguns amam defender
os fracos nem que para isso ataquem todos os outros, alguns adoram
diferenciar-se da manada através da especialidade do seu ser, seja
através do grupo de amigos cultivado, das diversas cores de cabelo
estivais, da ininteligibilidade dos gostos que gostam de mão dada,
ou na colecção de lugares comuns com que por vezes tentam insultar
os outros quando os contrariam ou atacam a sua zona de conforto.
Esta civilização suburbana pensa as
traves sobre que repousa, analisa-as deifica-as até ao ponto de se
achar a o pináculo da sofisticação e civilidade, sendo até
divertido olhar e provocar a instabilidade das mesmas, pois nem
sequer tocam nas paredes que as deviam suster, mas como náufragos
preferem ir ao fundo agarrados a barrotes podres.
O caro leitor ocasional, pode até ser
um destes sujeitos, será fácil saber, pois a minha escrita é
geralmente por eles tomada como algo de mau gosto, pois não sou
correcto, nem politicamente nem esteticamente, nem o quero ser. Não
confundo maturidade com a capacidade de não cometer as
infantilidades que vão na cabeça quando brinco aos adultos, nem
honestidade com projectar uma imagem que quero que os outros pensam
de mim.
Esta civilização do chá com verniz,
dá palmadinhas nas costas uns dos outros, compõem uma sociedade
secreta até para eles mesmos, de purga das energias negativas, e do
positivo forçado, são sociáveis em festas regadas a bebida
destilada e por não conhecerem mais que o próprio umbigo acham que
são um poço onde brota originalidade. O espécime analisado havia
recolhido ao longo do tempo, nem um zé ninguém na sua lista de
cama, nem um gajo normal, apenas pedaços de puzzle que em maior ou
menor grau se encaixam na pintura escolhida para verdadeira, tão
amena para a auto-estima.
Nem todos seriam funcionais, teriam de
ter defeitos humanos qb para dar um aspecto de veracidade do que seja
a condição humana, toxicodependência, carência afectiva, ciúmes,
libertismo, e como eu costumo dizer, neste caldo, não traz sabor uma
batata normal. Quem sempre escolheu comer desta sopa não se espanta
com sabores convencionais. Foi aí que comecei a retalhar. Sabia que
projectava uma imagem de algum fascínio ou distância, pela não
convencionalidade do meu discurso, e a assertividade com que o
mantenho. Cedo comecei a perceber que esse fascínio se reduzia até
distâncias de controlável à medida em que a fêmea dava mostras de
me controlar com a sua sapiência com pés de barro. Tinha tido
semelhante experiência com Lúcia, que enquanto não entrou para a
Universidade me ouvia com deleite fabular, e quando entrou, já
debatia com certezas de assuntos que não conhecia, e quando terminou
já desvalorizava por completo o discurso alheio pois o que se
procura não é o saber, mas uma bengala para a nossa auto estima.
Mesmo que nada tenha mudado a não ser
o nosso tempo de dedicaçao aos assuntos que o outro relativiza.
Caro leitor assente:
Proposição número 1:
Não interessa o que se diz, o conteúdo
da mensagem, mas sim o que projecta ser.
Comecei a perceber o completo desdém
por assuntos que identifiquei como meus e desde logo percebi que o
espécime era 'damaged good'.
Reagi de acordo, respondia a mensagens
com cada vez menos tempo de espera para a interlocutora, valorizava o
seu conhecimento e saltava pelos seus loops como caniche bem
comportado e submisso, sem deixar de perder a provocação de modo a
fazer durar a tensão o suficiente para lhe traçar o perfil.
O passo natural seguinte seria claro,
exigir-lhe companhia, e confessar a minha necessidade visceral da
mesma, colocando no seu campo a decisão de satisfazer essa condição.
O resultado é óbvio, cede à mulher ou a outro estímulo externo a
faculdade de te alterar o ânimo e com toda a certeza vais cair com
os burros na água. As mulheres fartam-se demasiado rapidamente, a
não ser que tenham uma cenoura em frente ao nariz. O primeiro passo
foi abdicar da ascendência temática e vulgarizar-me, a segunda
jogada seria revelar-me igual a tantos outros coninhas que ela
manipula pelas discos desta capital, o terceiro foi mostrar-me como
satélite da sua orbe celeste, o quarto seria então impor a minha
presença, fosse através de convites, de sms, de textos e
videoclips, de presença pronta e constante, e de cartas para o
trabalho. Tinha de retirar toda a folga ao espécime para o mesmo
poder agir da forma mais aborrecidamente convencional que lhe fosse
possível.
Proposição número 2:
Menos é mais, a mulher racionaliza
menos, e o seu foco de atenção também é menor, portanto não a
tentes impressionar com a tua intelectualidade ou os teus profundos
insights, mesmo que ela te diga que é isso que procura, pois vais
ficar a anhar.
O que por arrasto leva a outra
conclusão:
Proposição número 3:
Não interessa o que ela diz.
A mulher diz
aquilo que pensa que sente mas a maior parte das vezes lógica e
hipotálamo exprimem coisas diferentes. Temos a tendência de achar
que as mulheres funcionam ao mesmo nível de abstracto que os homens.
A mulher é extremamente mais complexa, e uma das provas é a
desproporção dos números de fêmeas em actividades esotéricas, a
mulher adora tudo o que não consegue explicar, nesse caso é como a
hiena que só respeita o que que lhe é mais alto, ou como a iguana
que só come ou ataca o que lhe cabe na boca.
O trabalho de
despolimento não teria sido completo sem a minha própria
humilhação, e colocação no polo oposto aos dos machos tipo da
zona de conforto do espécime.
A dita humilhação
veio através da discussão constante ante os testes que naturalmente
me lançava, rebate ponto a ponto, sentimentalismo exacerbado,
admissão de culpa, pedidos de paciência, tiradas jocosas facilmente
identificaveis como inseguras, e acima de tudo expressões de
necessidade de auto justificação, que começam imediatamente a
surtir efeito assim que o espécime se desinteressa da minha área
temática, e eu carrego no acelerador.
Revela que estás
longe de todos aqueles que ela frequentou, ela irá ser lacónica
para que te esforces na roda da gaiola, e quando te quiser magoar vai
dizer que detesta o que fazes, só que se referindo a ti no plural,
metendo-te no mesmo saco. Vai-te dizer que é honesta, frontal e que
espera o mesmo, traduz isso exactamente como o contrário, o fumo é
só para te manipular emocionalmente, mesmo que ela se veja assim a
ela mesma. Em experiência anterior, Susana que lhe era tão
parecida, também sustentava ser a pessoa mais frontal do mundo,
mesmo quando era apanhada a mentir. Não sejas moralista em relação
a isto. A função da mulher é perceber do que és feito, vai-te
inconscientemente lançar testes e desafios para ver como te moves,
não tentes correr atrás do prejuízo, mantém-te no teu curso mesmo
que ameace com a perda do prémio, e o prémio é a vagina.
Relembra-te da proposição número 3.
Proposição número 4:
A mulher usa e abusa do seu poder
sexual.
Se pensarmos que a
mulher desde os 14 anos quando começa a desenvolver maminhas, recebe
cerca de 4 piropos por dia, ao fim de um ano recebe 1460; aos 24 anos
recebeu 14600 e aos 34, 146000.
Pensa sobre isto.
Em 20 anos de gajos com mais ou menos rebarba, mais ou menos verve,
achas que vais fazer alguma diferença tentando impressioná-la?
Que achas que fez
ela em 146000 abordagens ou cumprimentos? Aprendeu a usar o seu
corpo, a sua promessa de sexualidade, e a criar defesas e estratégias
de manipulação. Também raramente funciona como nos filmes, em que
compensa ser puro e honesto, a maior parte das vezes vais servir de
foca bébé nos dentes da orca. Mais uma vez, se queres que ela jogue
joguinhos contigo, elogia-a, pergunta-lhe o que quer dizer com x,
pede-lhe para debaterem as ideias de filme a ou vídeo b, mostra que
estás imbuído em participar no rodeo onde ela carrega nos botões.
É meio caminho andado a não ser que ela não tenha stock suficiente
de pilas pedestres para te substituir.
146000
oportunidades para refinar a sua influência sobre o sexo oposto,
achas que é uma arma que vai desprezar? Nem o Michael Jordan teve
tantas oportunidades de treinar os triplos.
Ela irá jogar os
timings, prometer e depois retirar, deixar innuendos e promessas
adiadas, far-te-á correr ou parar, basta que te desligues do
resultado, ou seja do prémio, para que vejas claramente a teia que
ela tece para que te percas dela assim que cais. Apenas pertencerás
a uma dita elite se te desligares do resultado, do prémio, da
possibilidade de uma repetição mecânica em que vazas as gónadas
usando o seu corpo, se te desligares da ideia futura de foder. Assim
serás diferente de todos os básicos que a elogiavam enquanto
ninfeta e que agora lhe gabam as fotos artísticas com elogios new
age.
Só assim mostras
que as estratégias que desenvolveu foram em vão contigo.
Mas há sempre um
nível onde podes ir mais fundo, tenta jogar o seu jogo com ela,
tenta manipulá-la psicologicamente, num jogo em que perderás
inexoravelmente.
Tenta fazê-la
sentir diferente por não sentir, debalde, apenas serás interpretado
como mais um coninhas ressabiado por a não poder comer. A partir do
momento em que estás em suspenso da sua decisão para a cópula,
perdes validade. Ela apenas terá de saber gerir, a não ser que
queiras levar o jogo até à bancarrota só para pintares o novo
esboço de mundo da excentricidade convencional e aborrecida. Que ela
nunca aceitará pois a tal válvula de protecção do ego vai-lhe
dizer que o quer que seja que digas nada tem que ver com ela porque
tens mau perder porque a queres comer.
Portanto mesmo que
queiras jogar perdes na mesma.
Proposição número 4:
Escolhe bem e exactamente para o que
queres, a fêmea que receberá a dádiva da tua atenção.
Escolher fêmeas
com lastro, ou seja, fêmeas cuja história ou passado traumático te
fazem grão de poeira em cintura de asteróides cósmica, é uma
batalha perdida antes de começar. Não te sintas impelido a salvar
com o teu sacrifício, mulheres que ainda dormem com os ex à noite,
e não me refiro a dormirem fisicamente. A 'gasteza' de cada mulher,
para com a vida, as relações, não é o resultado apenas de uma
longa experiência mas sim de um ressabiamento de as coisas não
terem corrido como ela gostaria, o que denota que se te perdes por
uma gaja que achas que te vai dar uns fodões na cama, o mais certo é
seres usado para isso mesmo, ou então vais ter apenas uma mulher a
fazer a revisão ao clitóris. Vais ter gajas gastas a chamarem-te de
imaturo apenas porque lhes apontas a patologia conhecida como
sindroma da desafectação, que se caracteriza por uma mimese de
entrega só para justificar o facto de precisarem de foder. Efabulam
motivos para tu seres o escolhido, não te percas esses motivos não
são para ti, são para elas se convencerem a elas mesmas. Lê a
proposição número 1 e não tentes convencer das qualidades que ela
te imputa, aquilo é um monólogo.
Vários objectos
de estudo analisados já comprovaram este loop que é apenas sinal
que estás a falar demais. A ceder.
Quando isso
acontece coloca-te alerta, desliga-te do resultado.
A não ser que
estejas a experimentar, e nesse caso insiste para que a coisa morra
mais depressa.Porque vai acabar por morrer.
A seguir a uma
mulher vem uma mulher, o mesmo com um homem, há em quantidades
industriais. Não te prendas, nem te deixes cair na 'gasteza' em que
ficas presa ou preso aos astros do passado. Vai-te foder a vida
sexual e emocional no futuro.
Não tentes
resgatar o teu possível parceiro ou parceira com números de circo
ou flashes antes sendo melhor a deixares essas pessoas entregues à
sua própria 'maturidade', solidão, e desadequação de afectos. Eu
sei que parece cruel, mas pior que um traumatizado só dois, e se te
arrastas por lá muito tempo, vais ficar politraumatizado,
politraumatizada. A não ser que estejas a fazer um estudo, e nesse
caso já não há cura para ti.
Foge de pessoas
que não demonstram pensamento próprio, ou que são sobranceiras com
o teu só porque não faz parte daquilo que é fino achar de bom
gosto. Já o havia referido, mas vai-te neste caso obrigar a focar na
cona, porque é o que passa a importar mais já que náo é possível
obter conversas inteligentes não manipulatórias, ou realmente
sentidas. Quando a cona passa a centro de gravidade, perdes o
equilíbrio pois deves ler a proposição número 4, e não cedas o
teu poder a ninguém.
Perder tempo com
joguinhos de vingança, não deixa de ser perder tempo. Caga nisso.
Deixa cada um entregue à sua magnética personalidade. Dá um caldo
na tua cabeça se fraquejaste na tua vaidade e quiseste jogar o jogo
e fazer a análise do jogo. Apesar de não ser um erro porque no
mínimo revês matéria, é perda de tempo.
Acima de tudo,
deixa a pessoa com quem te envolveste, ou melhor ou no mínimo na
mesma, que quando a encontraste.
Não vale a pena
andar a criar por aí mais politraumatizados. Arranja uma desculpa e
um fingimento para terminar algo que nunca floresceu, especialmente
quando sabes que foi um jogo jogado a dois ainda que ela ou ele te
tentem convencer que são 'puros'. É perda de tempo, e cada um tem
direito a viver com a visão da vida com que se agrilhoou.
Não jogues jogos,
mesmo que estejas a fazer uma experiência científica. Vais acabar
por ter de arranjar um fingimento para te libertares de teia que
ambos teceram e fica sempr algo colado nos dedos.
Não jogues, mesmo
que gostes de estudar psicologia humana.
A biologia
evolutiva tem sido um campo de saber negligenciado, e seu estudo
pouparia alguma dor existencial, e reduziria o consumo de Prozac e
quejandos.
Isto implicaria a
dificílima aceitação de que a Metafísica é inexorável e que as
coisas são assim mesmo e não de outra maneira.
De forma mais
concreta a relação entre homens e mulheres revela claramente duas
forças que concorrem para o mesmo objectivo, mas que a individuação
revela como crueldade.
No cômputo geral
o mecanismo copulatório da população funciona, o indivíduo é que
o torna absoluto.
Por mais
interessante que sejam as nuances de indivíduo para indivíduo, no
meu caso de mulher para mulher, o acto sexual sendo negado tem uma
dimensão espiritual semelhante à do suicídio.
Para se nascer de
novo é preciso morrer primeiro, e assim sendo, cada escolho no
caminho se torna um degrau de luz em direcção à iluminação.